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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Rádio-perigo: de olho na estação



Ao volante, piadas e discussões distraem os mais do que música, diz pesquisa
Texto: Adriana Bernardino

Fotos: Arquivo


(23-09-09) – Segundo pesquisa realizada pela seguradora Zurich Connect, 80% dos motoristas confessaram distrair-se na direção ao ouvir programas acalorados de rádio, como os de política, futebol e humor.

Se, por um lado, os programas de rádio aliviam o estresse de quem está em um congestionamento ao estimular o riso por meio de brincadeiras, trotes e piadas; por outro, podem causar distrações e acidentes. Na mesma onda de perigo estão os programas que provocam indignação – como os de política, futebol ou violência.

De acordo com a pesquisa, a distração é duas vezes menor em motoristas que não ouvem programas de rádio enquanto dirigem ou nos que optam por música suave. Por isso, o conselho dos pesquisadores é que música alta e programas excitantes sejam evitados.

Além da distração, a psicóloga Maria do Carmo Marques Torres aponta outro problema em ouvir o noticiário no carro. “Com minha experiência de consultório, percebo que esse tipo de informação deixa as pessoas desesperançadas, presas no negativo. Abastecer-se de notícias negativas é trazer o negativo para dentro de nós”, alerta. A psicóloga não indica o hábito para as pessoas que têm tendência à depressão ou síndrome de pânico.

Para a fonoaudióloga e coordenadora do curso de musicoterapia do Instituto Superior de Música do Rio Grande do Sul, Anelise Junqueira Bohnen, o aspecto que merece maior atenção é a altura do som, que pode tirar a atenção e, em certos casos, comprometer a audição dos ocupantes do veículo.

“Como musicoterapeuta, não acho apropriado indicar esse ou aquele estilo de música para determinada emoção, já que o que é agradável para uma pessoa pode ser odioso para outra; mas considero importantíssimo alertar sobre os efeitos do volume. Além de impedir que o motorista se guie pelos ruídos – como buzinas, apito de guarda, barulhos no próprio carro etc. –, ouvir som alto e por tempo prolongado pode comprometer seriamente a audição”, explica Anelise.

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